Uma pequena distração pode virar uma tragédia quando se lida com crianças. Em poucos minutos, elas podem sofrer acidentes domésticos que deixam sequelas e até perder a vida dentro de casa.
Um acidente com uma criança que quase morreu afogada em um balde de água em Foz do Iguaçu, nesta semana, nos faz relembrar a necessidade de precaução e cuidado. Um menino de 1 ano e 5 meses teve que ser socorrido depois de cair em balde com água e produtos de limpeza. A mãe estava estendendo roupas no varal.
E acidentes como esse são mais comuns do que se imagina. Segundo a ONG Criança Segura, cerca de 6 mil crianças morrem em acidentes domésticos a cada ano no Brasil. Os afogamentos são a principal causa da morte acidental entre crianças de 1 a 4 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.
No início da vida da criança são mais comuns casos em bacias, vasos sanitários, baldes e depois, a partir dos 4 anos, os casos migram para acidentes em águas abertas, como represas, rios e praias.
Muitos afogamentos acontecem dentro de casa, na banheira ou mesmo em um balde usado para a limpeza. Qualquer recipiente com água representa perigo.
O afogamento normalmente ocorre de maneira rápida e silenciosa. Em apenas dois minutos submersa, a criança perde a consciência. Após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer.
Crianças com até 4 anos de idade ainda não têm força suficiente para se levantarem sozinhas e nem mesmo capacidade de reagir rapidamente em uma situação de risco. Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até mesmo em recipientes com apenas 2,5 cm de água, segundo a ONG Criança Segura.
É necessária uma supervisão ativa. Se a mãe deixa a criança por um instante para atender um telefone ou abrir a porta, é o tempo de a criança se afogar, ressaltam os especialistas.
No próximo post vamos trazer algumas dicas úteis de prevenção.
Fonte: Dr. Origenes J. Capellani (CRM 12564) / Criança Segura